Sustentabilidade

O projeto Água!nabara foi desenvolvido tendo como base a realização de parcerias com a própria população local, além de profissionais e instituições com expertise em várias areas de interesse.

No território, são realizadas ações sócio educativas de capacitação, produção de produtos em áudio e vídeo, além da criação de um acervo digital afetivo da população. O repositório digital Memórias Afetivas da Baía de Guanabara é a âncora para o projeto. Ali ficam catalogados e armazenados os dados e gravações desenvolvidas pelos participantes do projeto, voluntários e jovens mobilizadores. com a inovação tecnológica do arquivo, desejamos também ser um local para centralizar pesquisas científicas e conectar outros acervos relacionados. Essas ações partem da metodologia Co-memore: Memória afetiva local, desenvolvida e aplicada no projeto piloto Água!nabara: Território Urca, na cidade do Rio de Janeiro às margens da Baía de Guanabara, no bairro da Urca.

Pensando no longo prazo e na sustentabilidade do projeto, é possível vislumbrar produtos derivados tais como: passeios educativos de turismo sustentável de barco pela região.

A participação ativa dos moradores incentive mudanças em relação ao próprio território: promove o reconhecimento afetivo da região, reforça laços e aumenta a autoestima da população. O projeto também contempla atividades para crianças, adolescentes e jovens para proporcionar o conhecimento aprofundado e nova relação com a natureza no seu entorno. O projeto contribui para um futuro mais sustentável em termos de integridade ambiental e viabilidade econômica para as comunidades contempladas.

Comunidades contempladas

Urca, Rio de Janeiro 

A história do povoamento europeu das terras do que hoje é conhecido como bairro da Urca remonta ao início da própria cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Toda a região ao redor da Baía de Guanabara era habitada por povos indígenas. Em 1555, colonos franceses, sob o comando de Nicolas Durand de Villegagnon estabeleceram-se na Baía de Guanabara, levando Portugal a enviar uma expedição para expulsá-los em 1560. Subsistindo franceses na Guanabara, uma nova expedição foi enviada, sob o comando do capitão-mor Estácio de Sá. Estabeleceu um núcleo fortificado à entrada da barra em 1 de março de 1565, dando por fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (em homenagem a Sebastião de Portugal). O conjunto dos morros Cara de Cão, Pão de Açúcar e Urca formavam uma ilha chamada Ilha da Trindade e não uma península, como ocorre hoje, fruto de um aterramento realizado no século XVI.

Jurujuba, Niterói

“Jurujuba” é o nome da enseada na qual se localiza o bairro. É predominantemente ocupado por antigos moradores e uma vila de pescadores – uma das mais tradicionais do estado, que organiza anualmente uma procissão marítima em louvor de seu padroeiro, São Pedro, no dia 29 de junho. A festa faz parte do calendário oficial da cidade. Sua localização encontra-se no meio do caminho para o Complexo dos Fortes, antiga área de defesa da entrada da Baía de Guanabara contra invasores, no Brasil colônia, tendo como destaque a Fortaleza de Santa Cruz – ponto de interesse turístico da cidade. Ainda situam-se em sua área as praias da Várzea, do Canal, de Jurujuba e as pequenas Adão e Eva (separadas por um rochedo).

Área do Porto, Rio de Janeiro

Essa região guarda a memória das origens da cidade do Rio de Janeiro. Entre o final do século 18 e parte do século 19, um dos bairros da zona Portuária era o favorito da aristocracia e endinheirados do Rio de Janeiro: a Gamboa. Ali teve casa, por exemplo, o Visconde de Mauá. É nessa região que fica o Cais do Valongo, que foi a porta de entrada no Rio de Janeiro, de milhões de africanos escravizados. Os nobres e a corte portuguesa também desembarcavam na cidade, pelo cais da Praça 15, distante cerca de 2 Km. A recente revitalização da Zona Portuária do Rio permitiu que ele fosse “encontrado” e hoje é ponto turístico da cidade. 

Cais do Mauá, Magé

Durante o Brasil colônica, foi um dos principais portos da região, onde muitos navios negreiros aportavam abarrotados de africanos escravisados. O atual município tem origem no povoado de Magepemirim, fundado em 1566, por colonos portugueses. Na região foi construída a primeira estrada de ferro do Brasil, em 1854, atualmente, abandonada. O município é banhado pelo rio Inhotim que, ao se juntar com o rio Saracuruna, passa a se chamar Estrela e faz divisa entre os municípios de Magé e Duque de Caxias.

Duque de Caxias

É o município mais populoso da Baixada Fluminense. Na localidade se encontram sambaquis que vêm da região desde o século 16. A abundância de rios nessa região onde os caminhos em terra era poucos e precários, tornou a antiga sesmaria em um local estratégico para o transporte de produtos. Todos seus rios desembocam na Baía de Guanabara.

Ilha das Flores, São Gonçalo

Localizada no interior da Baía de Guanabara, se junta às ilhas do Engenho, Ananases, Mexingueira e Carvalho, para formar um pequeno arquipélago. Serviu de presídio para oficiais detidos na Revolução constitucionalista de 1932. Atualmente, a ilha é sede de um complexo naval da Marinha brasileira e o Museu de Imigração.

 

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