Seminário Encontros Água!nabara: Território Urca – Mesa 2: Memórias e acervos coletivos de afetos geográficos
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Mesa 2: “Memórias e acervos coletivos de afetos geográficos”
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Existe uma forma ancestral de transmissão de conhecimento, a chamada tradição oral. Um saber, uma memória, uma história, contada de uma geração para outra. Dizem que quem conta um conto aumenta um ponto. Se é assim, como garantir a “veracidade” do dito? Como saber que aquela memória replicada não foi forjada por uma história ouvida? Talvez confrontando os relatos com documentos… E aí, entram em cena verdadeiros guardiões da memória, profissionais cuja responsabilidade é preservar, mas também divulgar esses saberes.
Na balança da “verdade”, talvez o prato que acolhe os “documentos objetivos” apresente um peso maior, em um primeiro momento. Porém, o fiel dessa “disputa” pode, no final da história, pender para o “relato subjetivo”. Afinal, vindo da memória, carrega junto uma realidade inconteste criada pela afetividade.
Quem conta um conto produz uma onda sonora.
Uma onda é uma vibração que se propaga transportando energia.
Que efeito essa energia produzirá no próprio contador da história, no ouvinte e ao seu redor?
Que atire a primeira pedra na água os que buscam efeitos de onda em cadeia. E seus estudiosos e também os guardiões das diferentes memórias. Porque juntos poderão criar e decifrar “Memórias e acervos coletivos de afetos geográficos”.
E alguns deles foram aqui reunidos como a norte-americana Amy Starecheski, Directora do Programa de Mestrado em História Oral da Universidade de Columbia (EUA); o historiador Luís Reznik, Coordenador do Centro de Memória da Imigração da Ilha das Flores, que fica em São Gonçalo (RJ); o Cel. Joel Francisco Corrêa, Diretor do Espaço Cultural do Sítio Histórico da Fortaleza de São João, na Urca; o arquivologo e professor da Unirio Jair Martins de Miranda; e o casal Carlos Alexandre Rodrigues e Ana Luiza Brandão Rodrigues. O engenheiro eletrônico e a advogada impulsionaram a criação da Associação dos Moradores da Urca (AMOUR) e quem irá questionar a verdade afetiva dessa iniciativa, ao conhecer a história de Aninha – uma descendente direta de um dos portugueses que estava ao lado de Estácio de Sá quando da fundação do Rio de Janeiro, tendo justamente a Urca como porta de entrada para a futura Cidade (Maravilhosa).