Seminário Encontros Água!nabara: Território Urca – MESA 5: Entre a Montanha e o Mar: a paisagem cultural e urbana

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MESA 5, Dia 16: Da montanha ao mar: a paisagem cultural urbana

Encerrando o ciclo de Encontros Água!nabara Território Urca, o encontro “Entre a Montanha e o Mar: a paisagem cultural e urbana” debate a cultura da natureza na Urca e na cidade do Rio, e a relação entre pessoas e território. A mediação é de Ilana Strozenberg, Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, especializada em Antropologia Social pelo Museu Nacional e Diretora executiva d'O Instituto (Associação Cultural de Estudos Contemporâneos.
Data:
16 de Abril de 2021
Local:
Urca - Sala Água!nabara
Tema:
“Entre a Montanha e o Mar: a paisagem cultural e urbana”
Resumo:
Encerrando o Seminário, o encontro “Entre a Montanha e o Mar: a paisagem cultural e urbana” debate a cultura da natureza na Urca e na cidade do Rio, e a relação entre pessoas e território.

Participantes e Moderadores

Ilana Strozenberg
Comunicação
Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, especializada em Antropologia Social pelo Museu Nacional e Diretora executiva do Instituto 215 (Associação Cultural de Estudos Contemporâneos).
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Paulo Canedo de Magalhães
Engenheiro civil
Engenheiro civil e especialista em hidrologia, premiado pela UNESCO com uma Cátedra para América Latina e Caribe (“UNESCO Chair for Urban Drainage in Regions of Coastal Lowlands”).
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Pedro Rivera
Arquiteto e Urbanista
Professor visitante na GSAPP Columbia University, participou de exposições no MoMA (NY, 2014), Het Nieuwe Instituut (Rotterdam, 2017), além das bienais de arquitetura de Veneza (2016), São Paulo (2017) entre outras.
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Vera Saboya
Criadora do Ateliê Culinário, gestora do Restaurante Escola do Museu do Amanhã, desenvolveu o conceito e implementação do programa Bibliotecas Parques do Estado do Rio de Janeiro.
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Walmeri Ribeiro
Artista-pesquisadora
Pós-doutora pela Concordia University, Professora na UFF e UFRJ.
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Release do Dia

Um equívoco forjou a identidade da cidade do Rio de Janeiro. Sua grande água que funcionou como porta de entrada para conquistadores e seus futuros fundadores, em um dia do mês de Janeiro, não era rio, mas uma baía. Que de tão grande, deveria ter sido confundida com um mar.

Rio, mar, baía – fato é que a cidade deve às águas sua beleza e seu caos. Quem chegou, não satisfeito com o que encontrou, destruiu morros e fez aterros. Aumentar o território habitável era o objetivo.

Os equívocos de ontem reverberam ainda hoje. As águas represadas buscam, a cada oportunidade trazida pelas chuvas, sua liberdade. E a cidade finge que ainda se surpreende a cada enchente que enfrenta.

O Rio que é uma baía, teve seu entorno ocupado, tendo as montanhas como testemunha. Entre a Montanha e o Mar, a paisagem cultural e urbana do Rio de Janeiro falou mais alto e impôs sua beleza reconhecida como Patrimônio Mundial.

Uma beleza rara, que ilude. Porque muito do que parece ser natural foi, na verdade, construído.

Porém, o Rio de Janeiro também carrega a energia do impetuoso Glauco.

Vários Glaucos mergulham a todo momento nas suas águas, movidos pela eterna curiosidade. E voltam para a superfície transformados pela imortalidade do conhecimento. Que se renova a cada mergulho.

É possível reconhecer Glaucos em pessoas como a professora Ilana Strozenberg; no engenheiro especialista em hidrologia, Paulo Canedo de Magalhães; no arquiteto e urbanista Pedro Rivera; na artista e pesquisadora Walmeri Ribeiro e na apaixonada por gente, cultura e comida Vera Saboya.

Dentre as várias imagens já associadas à Baía de Guanabara, já teve quem a visse como um coração único para as dezenas de comunidades do seu entorno. Se assim é, nesse ser, suas diferentes águas funcionam, então, como seu sangue e as montanhas, os pulmões. Cabe aos Glaucos emprestarem olhos e ouvidos para decifrar esse corpo vivo, que se renova a cada dia, mas que muitos juram que está agonizando, como um equívoco kármico.

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