Citação: Pimenta, Alexandre. Entrevista de história oral conduzida por Medeiros, Jalile. 2017.12.09. Água!nabara: Território Urca, Instituto Urca. Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Alexandre Pimenta
Alexandre fala dos escoteiros com a Jalila Medeiros, guia de ecoturismo. Escoteiros biólogos, levantamento do uso de plástico. Um dos focos para os jovens é conservação do meio ambiente. (Com transcrição)
Citação: Pimenta, Alexandre. Entrevista de história oral conduzida por Medeiros, Jalile. 2017.12.09. Água!nabara: Território Urca, Instituto Urca. Praia Vermelha, Urca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Áudio
Transcrição
ALEXANDRE PIMENTA – O foco do escotismo é estar junto do meio ambiente pra conhecer, conservar. Então, a gente tem vários trabalhos, porque a gente trabalha localmente, né? Cada grupo tem uma organização individual. Aqui, no caso, representa a região que é a reunião de todos os grupos, né? Mas a… Então, cada grupo individualmente faz trabalhos dentro, então… tem gente que trabalha lá em Campo Grande plantando reflorestamento; aqui a gente tá, meu grupo, como é em Botafogo, a gente tá mais ligado aqui à Urca, então, a gente participa de mutirão de limpeza, mutirão de replantio… sempre que precisa e a gente tem a oportunidade de encaixar nas atividades a gente vem. E tem os gerais, né? Então, ele pra ser escoteiro da pátria, por exemplo, ele tem que tirar uma insígnia que é de meio ambiente; então, tem que conhecer. Aí tem os módulos, né? Água, terra e ar, que eles têm que passar e conhecer. Agora, de atividade oficial, a gente tem, por exemplo, da região, a gente tem uma RPPN em Magé que é Mata Atlântica de baixada, que conserva lá o local. Tô até conversando com o pessoal de aves que a gente tem o levantamento de
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todos eles, porque vários ex-escoteiros viraram biólogos, então, um deles fez o levantamento lá de aves, que é um professor da UFRJ… Então, a gente vai ter isso. Em relação à Baía de Guanabara, a gente faz parte, a gente lançou a nível nacional, não só a Baía de Guanabara, a nível nacional a questão do plástico, né? Então, a gente lançou uma insígnia especial de um ano, pra esse ano 2017, começa em 2017 e termina em 2018, que é a “Insígnia Nacional de Marés Limpas”, então, o garoto vai fazer certas atividades. Na verdade, não vai fazer certas atividades, ele vai fazer um levantamento do que ele faz e vai tentar reduzir o uso dele de plástico pra evitar o plástico justamente com foco na Baía de Guanabara, no mar de maneira geral, né? A ideia de que o plástico tá indo pro mar, então…
JALILE MEDEIROS – Essa conscientização, né?
ALEXANDRE PIMENTA – É, então, no fundo, a gente vai dar esse foco, né? Vai ter essa insígnia; mas, pra ele ganhar a insígnia, ele vai ter que reduzir o que ele faz, ele vai ler; então, a gente vai explicar um pouco pra ele
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qual o problema que está acontecendo, a questão daquela ilha de plástico que tem no meio do mar. Então, a gente participou de várias atividades aqui. Teve uma aqui na Urca, que foi do (?), que era de limpeza de águas; a gente não veio pra cá, porque a gente concentrou em Copacabana, então, veio vários escoteiros do Rio todo pra Copacabana e a gente ajudou a limpar. Teve um na semana passada que a gente ajudou também, em continuidade, junto com o Aqualung, com o Instituto Aqualung. Então, a gente tá sempre procurando parceria pra fazer essas atividades, porque a gente entende que um dos focos do escotismo que a gente tem assim é o meio ambiente, né? Um dos valores que a gente quer incutir no jovem é a conservação do meio ambiente.
JALILE MEDEIROS – Vocês estão praticamente o tempo inteiro no meio deles, né? Vocês precisam disso também.
ALEXANDRE PIMENTA – É, mas a gente…
JALILE MEDEIROS – Teoricamente é um meio, pelo menos a ideia que se tem, por causa desse livro é que vocês precisam do meio ambiente pra ter essa…
ALEXANDRE PIMENTA – É, mas é uma relação de… não só de uso, mas de conhecer,
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preservar; porque, na verdade, a visão de Baden-Powell é que ela é um presente de Deus pra gente, né? Aquela coisa bem religiosa. Ele era neto de pastor, né? Então, aquela coisa bem religiosa. Ele era filho de pastor e neto de aventureiro, alguma coisa assim, bem… Mas aquela coisa: a natureza é o presente que Deus deu pra gente, é onde a gente vê os milagres acontecendo e a gente pode ver melhor Deus.