Prescilla Parnes Kritz e Beilah Kritz

Prescilla e a sua filha Beilah conversam sobre a Baía de Guanabara dos anos 30 e 40. E sobre o velho “turco” Felipe que dava aulas de natação para as crianças na Praia do Flamengo.

Citação: Kritz, Prescilla Parnes; Beilah Kritz. Entrevista de história oral conduzida por Forman, Alexandra Joy, [s.d], Água!nabara: Território Urca, Instituto Urca. Urca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Áudio

Duração: 00:02:00

Transcrição

Prescilla: A praia do Flamengo era uma mureta, como
tem a Urca, e pedras.

Alexandra: Como tem a Urca.

Beyla: Como tem a Urca, exatamente.

Prescilla: Mas as famílias iam, frequentavam a praia do Flamengo, tinha um
salva-vidas particular, um velho turco, chamado Felipe, ele alugava
boiais, e as pessoas entravam na água com boia. Eu era criança, eu tinha
chegado de São Paulo com 12 anos de idade, comecei a frequentar a praia, eu
não sabia nadar. A minha mãe combinou com esse Felipe pra ele me ensinar a
nadar, foi ele quem me ensinou a nadar. E água do Flamengo era limpa. A gente
ia até um ponto em que ele tivesse pé, eu não tinha, mas ele estava me
segurando, e ele me ensinou a nadar na praia do Flamengo.

Alexandra: Lindo.

Prescilla: Nos anos 30.

Alexandra: Então era transparente.

Prescilla: Era água limpa.

Beyla: Mas naquele tempo o esgoto saia ali, não né?

Prescilla: Não sei, isso eu nunca cheguei a saber, eu sei que as famílias
todas frequentavam a praia do Flamengo. Tinha uma escadinha para os
dois lados, desciam para cá, desciam para lá e se acomodavam nas pedras.
Forravam as pedras com panos, com toalhas, enfim, para não machucar, e ninguém
sentia falta de areia ali. E a água que chegava até as pedras era rasinha, era
uma água rasa que as crianças podiam entrar. Então, quando começava o mar,
tinha areia, depois então vinham as pedras.

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